sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Mídia e desassociação

O principal objetivo das mídias atuais não é o entretenimento, nem tampouco acompanhar as tendências e necessidades das pessoas. Na verdade a mídia existe para conduzir as consciências, fragmentá-las em seu próprio cerne, para assim obter um duplo objetivo: criar consumidores perfeitos, carentes de si mesmos o suficiente para confundirem objetos de consumo com significação, impedindo ao mesmo tempo que as pessoas reconheçam suas reais necessidades, individual e coletivamente.
Os filmes e músicas veiculadas operam sempre no sentido da violência, da carência, da sexualidade animal, da mulher-mercadoria, da criança consumidora voraz, do homem individualista e brutal, da exclusividade e do narcisismo, em resumo, o pior do ser humano, que o desqualifica e o desabilita a ser agente de transformações individuais e coletivas necessárias a um bem estar progressivo e solidamente constituído.
Primeiramente, a mídia te desassocia de si mesmo, te transforma num boneco carente de tudo. Depois, te ensina que o ser humano não pode ser jamais confiável, que existem psicopatas, bandidos e terroristas por todos os lados, justificando estados policialescos de vigilância e controle, além de aparatos sofisticados para gerar a morte, necessários para o controle do "caos vigente".
É controle, tanto mais sofisticado quanto nossa incapacidade de percebê-lo atuante, direcionando nossas mentes e emoções, gerando insegurança e instabilidade onde as coisas poderiam ser e estar muito firmes e conscientes.


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